O Benfica cumpriu à risca a orientação das centrais sindicais portuguesas e parou completamente.
A turma da Luz fez a alegria da torcida. Infelizmente - e mais uma vez - a da torcida adversária. Na noite desta quarta-feira, quem teve a sorte de enfrentar os encarnados e fazer o nome na Liga dos Campeões foram os craques do consagrado Hapoel Tel Aviv.
Com um futebol perdido, talvez homenageando o desavisado lisboeta que esperou pelo metrô durante toda a manhã sem saber o que estava acontecendo, as águias mais apáticas dos últimos anos se despedem melancolicamente da competição número 1 da Europa.
Benfica, a gente merecia mais, esperava mais, queria mais. Vamos torcer para que no ano que vem não tenhamos uma paralisação tão aguda para atrapalhar os sonhos da torcida.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Contra os Canhões, Marchar, Marchar
Independentemente do que ocorra na jornada derradeira da Liga dos Campeões, o Braga já gravou seu nome na história recente do futebol.
A vitória de hoje dos minhotos sobre um dos maiores clubes do continente reacendeu o espírito que trouxera o Braga até aqui e, de oferta, a alegria de assistir futebol.
Os canhões bretões carregados e apontadas. Uma batalha já ganha antes do início da partida era fato. No mínimo um massacre em terras lusas, certo? A legião londrina só não se deu conta de um detalhe: o jogo chama-se futebol e aqui, amigo, a imprevisibilidade dá o norte à vida.
Ao final dos 90, Braga 2, Arsenal 0. Quem, fora da Pedreira, do Minho, do Norte, acreditaria numa marcha tão valente e os arsenalistas atropelando um Arsenal prensado em sua defesa quase o tempo todo?
E viva o futebol.
A vitória de hoje dos minhotos sobre um dos maiores clubes do continente reacendeu o espírito que trouxera o Braga até aqui e, de oferta, a alegria de assistir futebol.
Os canhões bretões carregados e apontadas. Uma batalha já ganha antes do início da partida era fato. No mínimo um massacre em terras lusas, certo? A legião londrina só não se deu conta de um detalhe: o jogo chama-se futebol e aqui, amigo, a imprevisibilidade dá o norte à vida.
Ao final dos 90, Braga 2, Arsenal 0. Quem, fora da Pedreira, do Minho, do Norte, acreditaria numa marcha tão valente e os arsenalistas atropelando um Arsenal prensado em sua defesa quase o tempo todo?
E viva o futebol.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Tourada à Portuguesa
Brasil, Argentina, Inglaterra, Alemanha, Espanha, França, Uruguai, Itália. É fantástico imaginar os maiores do mundo no nosso quintal. Jogando uma Copa do Mundo, então, só no maior sonho de sempre.
Pelo desenho das últimas semanas, vimos a candidatura Ibérica para a Copa do Mundo de 2018 com chances reais de triunfar e a dupla que já loteou metade do mundo pode voltar a ser o centro do universo - mesmo que por apenas um mês.
O resultado da prova mais importante dos últimos anos para Portugal e Espanha só será decidida em algumas semanas e bem longe dos gramados de Lisboa ou de Barcelona. Enquanto esperamos, também nos preparamos, felizmente, correndo atrás da bola.
Esta noite a Seleção de Portugal jogou como deveria ter jogado a Copa 2010, como deveria ter jogado os primeiros jogos das Eliminatórias ao Euro 2012, como jogou na campanha memorável do Euro 2004: sobrando alma.
Lembrando uma boa tourada à portuguesa, demos alguma chance ao touro, mas seguimos o roteiro à risca e o pegamos à unha. Um espetáculo inesquecível, cheio de raça, determinação e brilhantismo. Foi como deve ser sempre.
A goleada por 4 a 0 na Espanha poderia ter sido maior, mas até que foi bom ter respeitado nosso parceiro de empreitada. Afinal, somos ou não somos bons sócios?
Boa, equipa! Que esse seja o sinal de um ano que ainda vai trazer as melhores notícias aos amantes do futebol.
Pelo desenho das últimas semanas, vimos a candidatura Ibérica para a Copa do Mundo de 2018 com chances reais de triunfar e a dupla que já loteou metade do mundo pode voltar a ser o centro do universo - mesmo que por apenas um mês.
O resultado da prova mais importante dos últimos anos para Portugal e Espanha só será decidida em algumas semanas e bem longe dos gramados de Lisboa ou de Barcelona. Enquanto esperamos, também nos preparamos, felizmente, correndo atrás da bola.
Esta noite a Seleção de Portugal jogou como deveria ter jogado a Copa 2010, como deveria ter jogado os primeiros jogos das Eliminatórias ao Euro 2012, como jogou na campanha memorável do Euro 2004: sobrando alma.
Lembrando uma boa tourada à portuguesa, demos alguma chance ao touro, mas seguimos o roteiro à risca e o pegamos à unha. Um espetáculo inesquecível, cheio de raça, determinação e brilhantismo. Foi como deve ser sempre.
A goleada por 4 a 0 na Espanha poderia ter sido maior, mas até que foi bom ter respeitado nosso parceiro de empreitada. Afinal, somos ou não somos bons sócios?
Boa, equipa! Que esse seja o sinal de um ano que ainda vai trazer as melhores notícias aos amantes do futebol.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Seu Camargo e a Filosofia
O seu Camargo é um luso descendente que trabalhou comigo em meados dos anos 1990. Como todo bom vendedor, tinha uma conversa muito fluida, argumentos ilimitados, retóricas memoráveis, ditados para todas as ocasiões e filosofias com os dois pés no inusitado.
Garantindo parte considerável do faturamento da empresa nas horas vagas, o seu Camargo se ocupava mesmo era com a Associação Portuguesa de Desportos, um dos clubes mais improváveis do futebol mundial.
Defensor irredutível da Lusa, o seu Camargo era tão fanático que não se contentava em apenas escalar todas as Portuguesas desde o título paulista de 1935. O homem era bem informado: sabia quais eram as padarias que os jogadores frequentavam e ainda insistia em afirmar que o Toquinho batia faltas melhor do que o Zenon.
Depois da final do Campeonato Brasileiro de 1996, quando a Portuguesa perdeu o título para o Grêmio faltando uns 5 minutos para o final da partida, seu Camargo, achando que o resultado fora arrumado, defendia que a Portuguesa deveria sair da disputa do Brasileirão e formar um campeonato paralelo, que seria muito mais emocionante, juntamente com o Vasco da Gama, a Portuguesa Santista e a Portuguesa carioca.
Pensando bem, acho que a ideia só decola mesmo se o campeonato contar também com o Tuna Luso, de Belém do Pará. O verdadeiro campeão nacional sairia, então, de uma disputa entre o campeão do Brasileirão "comum" e o campeão desta nova liga, bem mais complicada, que reuniria nada mais, nada menos, que 5 titãs do futebol.
Acho que faltaria coragem para o campeão do Brasileirão "comum" validar o título, mas, sem dúvida, seria uma prova de valentia.
Que bela ideia, heim seu Camargo? E o senhor aí, como quem não quer nada, contribuindo imensamente para a valorização do futebol. É de pessoas assim que o futebol está precisando. Parabéns, ó pá!
Garantindo parte considerável do faturamento da empresa nas horas vagas, o seu Camargo se ocupava mesmo era com a Associação Portuguesa de Desportos, um dos clubes mais improváveis do futebol mundial.
Defensor irredutível da Lusa, o seu Camargo era tão fanático que não se contentava em apenas escalar todas as Portuguesas desde o título paulista de 1935. O homem era bem informado: sabia quais eram as padarias que os jogadores frequentavam e ainda insistia em afirmar que o Toquinho batia faltas melhor do que o Zenon.
Depois da final do Campeonato Brasileiro de 1996, quando a Portuguesa perdeu o título para o Grêmio faltando uns 5 minutos para o final da partida, seu Camargo, achando que o resultado fora arrumado, defendia que a Portuguesa deveria sair da disputa do Brasileirão e formar um campeonato paralelo, que seria muito mais emocionante, juntamente com o Vasco da Gama, a Portuguesa Santista e a Portuguesa carioca.
Pensando bem, acho que a ideia só decola mesmo se o campeonato contar também com o Tuna Luso, de Belém do Pará. O verdadeiro campeão nacional sairia, então, de uma disputa entre o campeão do Brasileirão "comum" e o campeão desta nova liga, bem mais complicada, que reuniria nada mais, nada menos, que 5 titãs do futebol.
Acho que faltaria coragem para o campeão do Brasileirão "comum" validar o título, mas, sem dúvida, seria uma prova de valentia.
Que bela ideia, heim seu Camargo? E o senhor aí, como quem não quer nada, contribuindo imensamente para a valorização do futebol. É de pessoas assim que o futebol está precisando. Parabéns, ó pá!
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Os Galos de Barcelos
Enquanto o norte celebra um São João fora de época e a metade encarnada do país, quebrada em 5 partes, vai colando seus cacos, concluímos que não há grandes novidades na Primeira Liga Portuguesa.
Já que o Futebol Clube do Porto, definitivamente, não faz parte desta turma e tira toda a graça que ainda pudesse existir neste primeiro turno, recorremos às boas histórias da Liga de Honra.
O destaque da competição até esta sétima jornada é o glorioso Gil Vicente, invicto, que soma quatro vitórias e três empates. Ressurgindo de um inverno com algo de rigoroso, os de Barcelos mostram as esporas para voltar aos principais holofotes nacionais e estão fazendo por onde.
Tenho para mim que o Gil Vicente é um daqueles necessários ao futebol, que integram o quadro dos bons coadjuvantes, dos que costumam fazer bem seus papéis, mesmo quando de menor relevância.
À briga galos de Barcelos, sigam cantando alto e chamando a atenção até maio do ano que vem!
Já que o Futebol Clube do Porto, definitivamente, não faz parte desta turma e tira toda a graça que ainda pudesse existir neste primeiro turno, recorremos às boas histórias da Liga de Honra.
O destaque da competição até esta sétima jornada é o glorioso Gil Vicente, invicto, que soma quatro vitórias e três empates. Ressurgindo de um inverno com algo de rigoroso, os de Barcelos mostram as esporas para voltar aos principais holofotes nacionais e estão fazendo por onde.
Tenho para mim que o Gil Vicente é um daqueles necessários ao futebol, que integram o quadro dos bons coadjuvantes, dos que costumam fazer bem seus papéis, mesmo quando de menor relevância.
À briga galos de Barcelos, sigam cantando alto e chamando a atenção até maio do ano que vem!
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Assim Fica Bem Para o Jubileu de Ouro
Costa Pereira, Mário João, Ângelo Martins, Cavém, Germano, José Neto, Joaquim Santana, Mário Coluna, Fernando Cruz, José Augusto e José Águas. Esta foi a formação histórica do Benfica no dia 30 de maio de 1961, em Berna, Suíça, quando os encarnados bateram o Barcelona e se tornaram campeões da Europa pela primeira vez.
Bons tempos em que os espanhóis eram nossos "fregueses" contumazes. No ano seguinte, o bicampeonato veio com uma vitória arrasadora sobre o Real Madrid em Amsterdão por inapeláveis 5 a 3, aí contando com uma participação especial do Eusébio, que "só" anotou duas vezes.
Nesta noite, com um placar digno dos anos 1960, o Benfica jogou como gostaríamos de saborear sempre: ao ataque, quase sem dar hipóteses ao adversário. Tanto foi que quase se traiu pela empolgação. Melhor assim! Numa noite iluminada por Carlos Martins e bis de Fábio Coentrão, as águias fizeram mais do que um 4 a 3 contundente: reacenderam uma chama já pálida e voltaram para a briga.
Boa, Benfica! Quem sabe se no Jubileu de Ouro da primeira grande conquista portuguesa desde a Era dos Descobrimentos não realizamos uma Liga dos Campeões ainda mais memorável!
Bons tempos em que os espanhóis eram nossos "fregueses" contumazes. No ano seguinte, o bicampeonato veio com uma vitória arrasadora sobre o Real Madrid em Amsterdão por inapeláveis 5 a 3, aí contando com uma participação especial do Eusébio, que "só" anotou duas vezes.
Nesta noite, com um placar digno dos anos 1960, o Benfica jogou como gostaríamos de saborear sempre: ao ataque, quase sem dar hipóteses ao adversário. Tanto foi que quase se traiu pela empolgação. Melhor assim! Numa noite iluminada por Carlos Martins e bis de Fábio Coentrão, as águias fizeram mais do que um 4 a 3 contundente: reacenderam uma chama já pálida e voltaram para a briga.
Boa, Benfica! Quem sabe se no Jubileu de Ouro da primeira grande conquista portuguesa desde a Era dos Descobrimentos não realizamos uma Liga dos Campeões ainda mais memorável!
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Outubro, o Mês do Craque
Encerramos o mês do camisa 10 com um balanço apenas regular para o futebol luso. Se fosse um jogo, talvez não passasse daquele 1 a 1 morninho.
O mês que registra o nascimento de Pelé, Maradona e, num degrauzinho abaixo, este que vos escreve, não foi exatamente inesquecível para os lados de Braga e da Luz na Liga dos Campeões, mas marcou o ressurgimento da Seleção Nacional após dois resultados iguais: batemos a Dinamarca, em casa, e a Islândia, fora, pelos mesmos 3 a 1, trazendo oxigênio para o recém chegado professor Paulo Bento e bastante alívio para 15 milhões de adeptos.
Já que o mês 10 nos inspira a falar sobre a alta arte futebolística, o grande gelado do nosso verão foi o Hélder Esteves, avançado de 33 anos, nascido em Braga (não, não foi em outubro e sim em julho, mas o homem veste a 10 com muita classe!), que no apagar das luzes, no dia 31, anotou o derradeiro golo do luso-francês Créteil, ajudando a equipa a superar o Puteaux (4-1), fora de casa, avançando mais um passo na Copa da França, já seu melhor resultado das últimas temporadas.
Agora, novembro, que arranca com a primeira rodada do returno da Liga Milionária, fé renovada no Braga e no Benfica e acreditando sempre nos craques de todos os meses!
O mês que registra o nascimento de Pelé, Maradona e, num degrauzinho abaixo, este que vos escreve, não foi exatamente inesquecível para os lados de Braga e da Luz na Liga dos Campeões, mas marcou o ressurgimento da Seleção Nacional após dois resultados iguais: batemos a Dinamarca, em casa, e a Islândia, fora, pelos mesmos 3 a 1, trazendo oxigênio para o recém chegado professor Paulo Bento e bastante alívio para 15 milhões de adeptos.
Já que o mês 10 nos inspira a falar sobre a alta arte futebolística, o grande gelado do nosso verão foi o Hélder Esteves, avançado de 33 anos, nascido em Braga (não, não foi em outubro e sim em julho, mas o homem veste a 10 com muita classe!), que no apagar das luzes, no dia 31, anotou o derradeiro golo do luso-francês Créteil, ajudando a equipa a superar o Puteaux (4-1), fora de casa, avançando mais um passo na Copa da França, já seu melhor resultado das últimas temporadas.
Agora, novembro, que arranca com a primeira rodada do returno da Liga Milionária, fé renovada no Braga e no Benfica e acreditando sempre nos craques de todos os meses!
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