quinta-feira, 21 de abril de 2011

O Jamor em 10 Minutos

O Estádio da Luz foi palco para uma nova festa. Do FC do Porto. E a qualificação dos azuis e brancos para a final da Taça de Portugal.

Foram necessários apenas 10 minutos de futebol intenso para o time de André Villas-Boas reverter o 0-2 da primeira mão. Nesse fugaz período os Dragões foram os Dragões que nos acostumamos a admirar  nos últimos meses e as Águias, as Águias amedrontadas da maior parte da temporada, resultando em 3 golos que deixaram pouca hipótese de reação.

Agora a finalíssima no Jamor reunirá a lógica e uma pequena surpresa, equação perene da Taça: o Vitória de Guimarães, que vestirá as cores de todas as outras equipas nacionais, além das suas próprias, contra o melhor Porto das últimas épocas.

Nas próximas duas semanas ainda têm mais emoção para os adeptos de todo o país: o Porto (sempre o Porto) tenta carimbar sua passagem para a final da Liga Europa e protagonizar uma final 100% portuguesa em Dublin, discutindo o título com Braga ou Benfica.

Viva os deuses do futebol que ainda reservam tantas emoções para esse (quase) final de temporada.

 


quinta-feira, 14 de abril de 2011

Dublin, Portugal

Além de escritores fantásticos, o histórico gosto pela emigracão e da sinuca econômica, Irlanda e Portugal têm agora mais um ponto em comum: o futebol.

Dublin vai sediar em 18 de maio a final da Liga Europa, que pode vir a ser a primeira competição da alta roda do futebol continental com dois portugueses discutindo a finalíssima.

Um já está garantido: é Braga ou Benfica. As águias, na noite dessa quinta-feira, ficaram a uma bola da desclassificação até praticamente o final da primeira parte do jogo. Os lisboetas sentiram as pernas bambas, o PSV anotou dois golos com certa facilidade e, numa dessas voltas que só o futebol explica, o defesa Luizão marcou, aliviou a situação da equipa e abriu caminho para o empate, assegurando uma semifinal europeia que já não vinha há quase duas décadas.

Já na Pedreira, os minhotos sofreram até o último minuto. Jogando com dez desde a metade da primeira parte seguraram o nulo com garra, suficiente para continuar fazendo história. O Dínamo Kiev já é obstáculo superado, outra vez no limite, assim como Liverpool, Sevilha e Lech Poznan.

Do outro lado da chave, intrusos: espanhóis da pequena Villareal tentam se meter no campeonato doméstico lusitano extraordinário desafiando o Porto, que arrasou novamente o pobre Spartak com dez(!) golos em duas partidas e se credenciou definitivamente como favorito a mais um título na temporada.

Teremos quatro jogos de muita emoção e um compromisso na final: desbancar Ulisses - pelo menos por um dia - como a obra mais emblemática transcorrida na capital irlandesa.


quinta-feira, 7 de abril de 2011

Quinta-Essência Nacional

A noite foi praticamente perfeita para os portugueses na Europa e o futebol luso é sério candidato a protagonizar uma final doméstica em Dublin.

Em casa, o Porto fez uma partida perfeita, encheu uma mão de golos e agora nem o inverno russo tira os dragões do eixo.

Na Luz, apesar do goleiro Roberto, o Benfica realizou uma jornada muitíssimo boa e só um daqueles resultados que só acontecem a cada dez anos elimina os encarnados de um confronto, esperamos, com o Braga, que conseguiu um valente empate em uma bola na Ucrânia e só depende de não levar nenhum golo na Pedreira para continuar fazendo história.

Boa, Portugal! Que quintas-feiras como essa se repitam muitas e muitas vezes!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Assimetria Recorrente

Parabéns ao Futebol Clube do Porto, campeão português com cinco(!) jornadas de antecedência.

Mesmo considerando que os Dragões estão deixando o campeonato nacional um tanto quanto aborrecido, é improvável não prestar-lhes todas as reverências.

No século XXI o Porto já soma 7 campeonatos em 11 disputados. Em 20 anos lá se vão 14 conquistas. Sem mencionar as Taças e os Europeus.

O clube da Invicta é mais bem organizado? Possivelmente. Mais equilibrado com suas contas e investimentos? Provavelmente. Tem mais força nos bastidores? Discutível. Mas o que conta, pra valer, é dentro de campo, e aí o Porto simplesmente jogou outro campeonato.

A maior bola dentro deste ano - e também dos últimos -, a escolha de um "garoto", com uma só temporada como treinador principal, trouxe um novo gás ao Porto e a aposta ousada em André Villas-Boas, apenas 33 anos, mostrou-se uma escolha acertada logo nos primeiros meses de trabalho. Mais uma vez a glória sorriu à ousadia.

Mal entramos em abril e o Porto e Villas-Boas já garantiram a primeira taça da temporada. Ainda disputam mais duas e abrem perspectivas gigantes para continuar, assimetricamente, despontando em Portugal.

Parabéns ao futebol do Porto! E que Portugal o tome como parâmetro.