segunda-feira, 26 de maio de 2014

Era Uma Vez... Há 10 Anos o Improvável Conquistava a Europa

No dia 26 de maio de 2004 o Futebol Clube do Porto conquistava o continente.

A cidade de Gelsenkirchen não foi a primeira a ver o Porto vencer a Liga dos Campeões, mas, sem dúvida, viu a conquista de uma equipe improvável, uma conquista que só pode acontecer em sonhos ou no futebol. Não pelo jogo final, nem pela trajetória valente e sim pela formação de um time de jogadores comuns, com trajetórias não muito brilhantes até então.

Surgia aí um mago, um treinador que só surge a cada década e uma formação que se encaixou. Improvável. E tudo deu certo. Magia da bola.

Mourinho, Carlos Alberto, Maniche, Costinha, Mônaco na final, 3 a 0 no placar e um Deco em seu melhor. Difícil de acreditar e fantástico ter visto tudo isso. 

Mais uma bela história que só acontece no futebol aconteceu com o Porto. Há 10 anos.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

A História de Gibraltar Passa Pelo Algarve

Enquanto eram decididas as últimas vagas africanas e europeias para a Copa do Mundo de 2014 - inclusive a de Portugal - acontecia um embate histórico e ao mesmo tempo quase secreto em terras lusas.

Cerca de 1000 espectadores assistiram ao primeiro jogo do selecionado de Gibraltar após o rochedo ter sua filiação chancelada pela UEFA, o organismo que gere o futebol na Europa.

Como o enclave britânico ainda não tem um estádio em condições de receber compromissos internacionais e a Espanha tem certa má vontade em receber as partidas de Gibraltar, o estádio escolhido foi o do Algarve, no sul português, a cerca de 300 km de distância.

O adversário foi a Eslováquia e o placar de 0 x 0 foi recebido como um grande início para o 52° membro da UEFA que no começo do ano que vem participa do seu primeiro sorteio de eliminatória para um campeonato europeu.

Seja bem-vindo ao clube Gibraltar, e que a história algarvia inspire a sua! 

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Velas ao Mar. Portugal Vem ao Brasil!

Foi mais duro do que das últimas vezes, foi tão sofrido quanto as últimas vezes, mas Portugal vem ao Brasil.

Seria injusto, seria triste uma Copa no Brasil sem Ronaldo, sem Paulo Bento, sem Eusébio, Figo, Torres, Coluna, Otto Glória, sem a alegria de gajos que amam o futebol e seria cinza privar os gramados do Novo Mundo de uma camisa que enverga varais.

Poderia ter sido mais simples, mas aí não seria Portugal. Não precisaria ter perdido ponto para a Irlanda do Norte ou Israel, mas aí não seria Portugal. Não precisava deixar a decisão para os últimos minutos do último jogo, mas a alma de sangue e esperança não estaria em tanta festa.

Portugal não fica de fora de um grande evento desde 2000 e não será diferente no ano que vem. O país merece, o futebol merece, a Copa merece.

Velas ao mar. A travessia é longa e a reconquista começa hoje!

  

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Noventa e Dor

Em noventa minutos lendas são construídas, heróis são forjados, glórias são alcançadas, tormentas são transpostas com suor.

Com apenas dois de descontos navios são afundados por monstros então adormecidos, sonhos são desfeitos e lágrimas preenchem o vazio que ficou entre o Porte e Amsterdã.

A semana foi cruel com o Benfica e em um intervalo de apenas dois minutos os sonhos do Campeonato e da Europa League viraram poeira. Primeiro no Dragão, no sábado em que as Águias confirmariam o título, dois de descontos foram suficientes para o começo do fim.

O tiro de misericórdia veio quatro dias depois, em uma grande partida contra o Chelsea. Mais dois minutos. Mais uma derrota que bateu fundo na alma.

Noventa mais dor. Mais dois minutos para recuperar os sentidos e vamos em frente.      

terça-feira, 11 de setembro de 2012

O Caminho Para as Índias Já Tem 8 Bolas na Trave

A Seleção Portuguesa iniciou sua nova rota dos descobrimentos com duas vitórias em dois jogos. Tudo tranquilo? De certa forma.

Nenhuma das cartas náuticas que traçam o caminho luso ao mundial do Brasil poderiam supor tantas complicações em águas invariavelmente calmas: 2 x 1 com Luxemburgo foi pouco, muito pouco, mesmo fora de casa. Mesmo que fosse contra 22 luxemburgueses. Mesmo que eles tivessem dois goleiros. E os 3 x 0 contra o Azerbaijão na Pedreira de Braga até supõem folga, mas não foi o que aconteceu.

Dois jogos, seis pontos, cinco golos a favor, um contra e oito bolas na trave (oito!) são o prólogo da história portuguesa em seu moderno caminho para as índias: confiança, superação, paciência dos adeptos e muito drama. 

O saldo foi até razoável, mas Portugal vai precisar remar bem mais para chegar a Porto Seguro no final do ano que vem.



quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Bravo, Bravíssimo!

A temporada europeia vai começar em grande forma para os clubes portugueses. Em 2012/2013 teremos três clubes lusos desfilando pelos gramados da Liga dos Campeões.

Isso graças a dois jogos fantásticos do Braga contra os transalpinos da Udinese na eliminatória prévia do torneio mais empolgante do futebol mundial. O placar foi igual nos dois confrontos e as histórias dos jogos um tanto parecidas. Semana passada, na Pedreira, os bracarenses saíram atrás no placar e foram buscar a igualdade depois de muita luta e apoio dos adeptos.

Essa semana, na Itália, o Braga também saiu perdendo, apesar de mandar na partida, assim como ocorrera no jogo em Portugal, e foi ao empate com fé em uma jogada tão improvável quanto sua nova presença em uma prova invariavelmente dominada por monstros imbatíveis e cifras inimagináveis. Nova igualdade em uma bola, prorrogação em branco, uma forcinha italiana na cobrança das grandes penalidades e pronto! Temos minhotos mais uma vez no principal palco do futebol europeu.

Amanhã o sorteio dita quem também passará a conhecer o ímpeto de um Braga que acredita ser tudo possível.     


quarta-feira, 27 de junho de 2012

Euro 2012: Um Exercício Português


Se você é alemão, inglês, italiano ou espanhol, se a sua seleção tem uma das maiores torcidas do mundo, faça um exercício de abstração.

Pense que você não torce ao lado de 40, 50 ou 80 milhões de aficcionados pelas mesmas cores. Esqueça os títulos fartos, as vitórias incontestáveis e os craques indiscutíveis que passaram pelas suas fileiras.

Vá até seu estádio preferido num dia sem jogo e sente-se nas arquibancadas. Feche os olhos. Tenha consigo a companhia das pombas, do vazio, da sua ilusão e da sua paixão pelo futebol. Imagine que junto de você não existe um exército, existe apenas uma guarnição, um punhado de pessoas espalhadas pelo mundo inteiro.

Pense que você torce para uma equipa que tem títulos esparsos, glórias de vitórias sobre gigantes, golos solitários e uma improvável estrela advinda do que restou da fartura dos tempos coloniais.

Abstraia.

Conseguiu? O que você sentiu?

Se você sentiu prazer, uma sensação agradável, sentiu-se diferente, você ama o futebol tanto quanto nós e sabe que o amor sobrevive a tristezas, a vitórias raras.

A campanha de Portugal no Euro 2012 foi fantástica outra vez. Colocou o país novamente no mapa, trouxe orgulho, ligou portugueses da Alfama a Macau, do Rio de Janeiro ao Funchal, da Califórnia ao Pico.

Não ganhamos. E daí?

A Copa de 2014 está chegando. Provavelmente não ganharemos, mas seremos felizes por termos uma equipa como essa para torcer.